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quinta-feira, novembro 30, 2006

Adolescentes e SIDA - dados da investigação


Estudos recentes mostram uma elevada prevalência de comportamentos de alto risco entre jovens, tanto sexuais quanto relacionados com o uso de drogas, e consequentemente ao HIV/SIDA, devido, principalmente, à falta de percepção de vulnerabilidade, o que torna difícil à inserção de medidas preventivas.

A associação entre a bebida alcoólica e a busca pelo prazer sexual correlaciona-se com uma menor percepção de vulnerabilidade à SIDA.

Num estudo de âmbito nacional em jovens (11,13 e 15 anos, cuja média de idades se situa nos 14 anos), levado a cabo por Matos e Equipa do Projecto Aventura Social & Saúde (2003), numa amostra estratificada por regiões do país em escolas que incluíam os 6º, 8º e 10º anos de escolaridade, os resultados relacionados com os comportamentos sexuais dos adolescentes foram:

76.3% referem não ter tido relações sexuais,
são os rapazes que mais frequentemente afirmam já ter tido relações sexuais (33.3% para 15.0% no sexo feminino),
também são os rapazes que afirmam ter iniciado a vida sexual mais cedo, à semelhança dos jovens mais velhos (38.6% dos jovens com mais de 16 anos).

Neste estudo foi possível concluir que os rapazes são mais vulneráveis ao risco do que as raparigas.


O preservativo é o método mais usado entre os adolescentes, no entanto a sua não utilização está associada às seguintes crenças e preocupações:

a percepção de que não estão em risco (a maior parte, 40%, admite que só existe alguma possibilidade de ser contagiado);
a confiança que depositam no(a) parceiro(a) (48.7% considera que o uso do preservativo é mais adequado com parceiros ocasionais);
acreditam na sua capacidade para reconhecer um portador assintomático pelo seu aspecto físico (11.9%);
as preocupações sobre o que é que os outros pensam, as suas opiniões (amigos e parceiros);
acreditar que o uso do preservativo faz diminuir o prazer associado ao sexo (22.5% considera que o preservativo torna as relações sexuais menos satisfatórias);

As crenças/preocupações têm um papel superior à informação sobre os benefícios ou vantagens do uso do preservativo.

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